quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Você sabe o que é um "erro Crasso"?

Busto de Crasso no Louvre
Marco Licínio Crasso (em latim: Marcus Licinius Crassus Dives), que viveu circa 115 a.C. a 53 a.C., foi um patrício, general e político romano do fim da Antiga república romana, mais conhecido como "Crasso, o Triunviro". Em meio a diversas batalhas, que ganhou e que perdeu, em novembro do ano 55, Crasso abandonou a Itália para se dirigir à sua nova província, onde prepararia uma grandiosa expedição contra o império parto. No mês de junho de 53 a.C., o exército de Crasso foi massacrado na Batalha de Carras frente à superioridade da cavalaria inimiga. Mais de 20.000 soldados perderam a vida e cerca de 10.000 foram feitos prisioneiros. A cabeça e a mão direita de Crasso foram levadas ao rei parto, Orodes II.

Nesta batalha Crasso cometeu uma série de falhas grosseiras. Confiou demais na superioridade numérica de suas tropas, abandonou as tradicionais táticas militares romanas e, na ânsia de chegar logo ao inimigo, atacou cortando caminho por um vale estreito, de pouca visibilidade. As saídas do vale foram ocupadas pelos partos e o exército romano foi dizimado. Estes equívocos passaram à história através da expressão "erro crasso", que remete a uma falha grosseira de planejamento com consequências trágicas.

Daí, para que você não cometa erros crassos na grafia das palavras - dentro e fora da internet - segue mais uma listinha de erros ortográficos que vêm se repetindo com cada vez maior frequência...
  • NADA A VER - a expressão, muito utilizada como gíria, caiu nos domínios da internet com a grafia "nada haver". Certamente, se "aquele livro não tem nada a ver", por exemplo, significa que ou ele não tem nada semelhante, nada parecido, com alguma outra coisa, ou seja, não tem fatos em comum. A grafia incorreta envolve o verbo "haver" em algo que não tem nada a ver com ele...
  • DE REPENTE - a expressão une a preposição "de" com a palavra "repente", significando algo inesperado ou que acontece de forma súbita. A palavra "derrepente" não existe.
  • INTERESSAR - como seu substantivo, "Interesse", é grafado com a letra "I" em seu início e não com a letra "E". "Enteresse" e "Enteressar" não existem.
  • MAS e MAIS - a conjunção "mas" é utilizada quando se deseja contrapor uma ideia, fazer uma ressalva, como em "eu estava em casa, mas não atendi ao telefone". Já o advérbio "mais" é utilizado quando se faz uma comparação, ou quando se indica quantidade, como em "ela não é mais bonita que a outra", ou como em "quero mais açúcar".
  • CONVERSAR - como seu companheiro ali de cima, o verbo vem de seu substantivo, "converSa", é grafado com a letra "S" e não com cedilha - "converÇar".

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