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segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Concordância Nominal: o caso de "bastante"


A palavra "bastante" pode se encaixar em três classes gramaticais: advérbio de intensidade, pronome indefinido ou adjetivo. Portanto, sua concordância varia de acordo com a classe que estiver exercendo. Vejamos exemplos:

- Como advérbio de intensidade é invariável:
"Eles trabalharam bastante durante a noite."
"Ela estava bastante cansada."

- Como pronome indefinido, aparecendo antes do substantivo, concorda com o substantivo:
"Está com bastantes problemas" - neste caso é melhor usar "muitos" ou seja, devemos evitar o uso de bastante como pronome indefinido.

- Como adjetivo, aparecendo após um substantivo, também concorda com o substantivo:
"Ele já tem provas bastantes para incriminar o réu" - também neste caso é melhor usar "suficientes" no lugar de "bastantes".

Extraído de "O Português do Dia a Dia" do professor Sérgio Nogueira da Silva.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Concordâncias complexas


De um modo geral as flexões das palavras em nossa língua acompanham:
  • O gênero, número e grau dos substantivos e adjetivos;
  • O número e o gênero dos artigos e de determinados pronomes e numerais
  • O modo, o tempo, o aspecto, a pessoa, o número e a voz dos verbos e
  • A gradação de certos advérbios.

No entanto existem palavras de difícil flexão ou mesmo que geram dúvidas na hora de flexioná-las. Vamos ver algumas:

Fax - o plural de fax é como o de tórax: tanto para designar o aparelho quanto para a mensagem, não se flexiona. Exemplos:
"Já lhe mandei dez fax e ela não me retorna!"
"Estes fax devem ser enviados à outra filial"

Gol - a rigor, o plural de gol é gois ou goles. Mas, como a origem da palavra vem do inglês goal (que tem plural definido goals) e pelo uso continuado e já consagrado na fala do brasileiro, a palavra gols acaba por ser reconhecida como correta.

A maioria faz ou fazem? - as duas formas de flexão do verbo "fazer" são aceitas desde que a palavra maioria seja precedida pela preposição A. Se se usar o verbo no singular, destacamos o conjunto; no plural, a ênfase recai sobre os elementos que constituem a maioria. Este tipo de concordância também é aceita para construções similares tais como "a maior parte de", "parte de ", "uma porção de", "o resto de", "a metade de", "o grosso de", e outras.
Exemplos:
"A maioria das mulheres gosta (ou gostam) de usar maquiagem."
"
Uma porção de homens na festa preferiu (ou preferiram) beber cerveja à uísque."

Extraído de "Por Dentro das Palavras da Nossa Língua Portuguesa" do Professor Domício Proença Filho.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Algumas dicas de concordância nominal


 1 - A palavra "todo", usada como sinônimo de "totalmente" é advérbio ou pronome indefinido. Isso significa que pode flexionar-se ou não.
    Exemplos:
    "A quadra da escola de samba foi todo reformada" OU "A quadra da escola de samba foi toda reformada".
    "A porta está todo fechada" OU "A porta está toda fechada ".
    Melhor dizer que " a quadra foi totalmente reformada".
    E que "A porta está inteiramente ou completamente fechada."

    2 - A palavra "meio" usada como sinônimo de "mais ou menos" é um advérbio invariável
    Exemplos:
    "A aluna ficou meio nervosa".
    "A diretoria está meio insatisfeita".

    3 - A palavra "mesmo" usada no sentido de "inclusive" ou "até", é inavariável.
    Exemplos:
    "Mesmo a diretoria não resolveu o problema".
    "Mesmo os professores erraram a questão".

    Retirado de "O Português do Dia a Dia", do professor Sergio Nogueira.