terça-feira, 28 de maio de 2013

Outros Vícios de Linguagem


Complementando nosso post anterior sobre o assunto, vejamos hoje outros dois Vícios de Linguagem:

1 - Hiato
Ocorre quando há uma sequência de vogais que provocam dissonância.
Exemplos:
"Eu a amo."
"Ou eu ou o outro realizará o exame à nove horas."

2 - Colisão
Ocorre quando há repetição de consoantes iguais ou semelhantes, provocando dissonância.
Exemplos:
"Sua saia sujou."
"O peito do pé de Pedro é preto."

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Nova questão sobre a partícula "SE"

Cauby Peixoto, intérprete de "Conceição" na capa da "Revista do Rádio".

Mais um exercício sobre o "SE":

Prova do Tribunal de Justiça do Tocantins

. Marque a opção em que a palavra "SE" não é conjunção integrante:

a) "Se subiu, ninguém sabe, ninguém viu".
b) Comenta-se que ela se feria de propósito.
c) Se ela vai ou fica é o que gostaria de saber.
d) Saberia me dizer se ele já foi?
d) Ela queria saber se você foi ao cinema.

Gabarito: letra "B"

terça-feira, 21 de maio de 2013

Um detalhe sobre Pronomes Relativos

Auguste Comte, fundador do Positivismo


Os Pronomes Relativos são uma classe especial de pronomes pois, ao mesmo tempo que fazem o papel típico de pronome, isto é, o de substituirem termos já mencionados anteriormente na frase, eles também introduzem uma nova oração que sempre classificar-se-á de "oração subordinada adjetiva" (explicativa - entre vírgulas - ou restritivas, se sem esta pontuação). Contudo, por serem pronomes, eles têm função sintática na oração que introduzem, que corresponde à função sintática da palavra que ele substitui. Deste modo, na frase:

"O positivismo é uma filosofia que foi introduzida no Brasil no final do século XIX."

... o pronome relativo "que" pertence à oração que ele introduz, jamais podendo dela se retirar, pois nela exerce a função sintática de sujeito.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Questão discursiva sobre pontuação: resposta

Euclides da Cunha



Em 7 de março deste ano propusemos um desafio aos concurseiros e estudantes da língua portuguesa em geral: uma questão discursiva que envolvia a pontuação de um pequeno trecho de Euclides da Cunha. Conforme prometemos à época, publicaríamos a resposta que mais se aproximasse da correção ou a feita pela Professora Lucienne Oliveira. Infelizmente será esta que vamos publicar pois não houve nem mesmo quem se propusesse a tentar resolver o desafio! Segue:

O uso do ponto e vírgula se justifica por termos no texto uma enumeração de orações nas quais já se apresenta o uso da vírgula, e estas exercerem, em relação à principal, a função de orações substantivas objetivas diretas do núcleo verbal "vai espalhando em roda a desolação e o terror; as aves...; os pesados anfíbios...; os homens..."

Entenderam? Agora, é estudar mais, não é?

terça-feira, 14 de maio de 2013

Mais a fundo: o Solecismo


Rui Barbosa


 Vamos aprofundar o estudo de mais um Vício de Linguagem? Vamos observar os tipos de Solecismo:

Recordando: o Solecismo é um vício de linguagem que atenta contra as normas de concordância, de regência ou de colocação. Veja os exemplos:

Solecismos de Concordância:
Frase erradaForma correta
Fazem muitos anos desde que a vi.Faz muitos anos desde que a vi.
Haviam muitos estudantes no pátio.Havia muitos estudantes no pátio.
A turma já saíram para o encontro.A turma já saiu para o encontro.


Solecismos de Regência:
Frase erradaForma correta
Juliana assistiu o filme.Juliana assistiu ao filme.
Cheguei no Marrocos às dez da manhã.Cheguei ao Marrocos às dez da manhã.
Ninguém visava o lugar do treinador.Ninguém visava ao lugar do treinador.
Pedro namora com Fabiana.Pedro namora Fabiana.


Solecismos de Colocação:
Frase erradaForma correta
Me empresta um lápis?Empresta-me um lápis?
Julia avisou-te?Julia te avisou?
Rui Barbosa era um homem grande.Rui Barbosa era um grande homem.

sábado, 11 de maio de 2013

Uso de verbos com dois particípios - verbos abundantes - continuação



Complementando o post anterior = veja-o aqui:

1 - A regra de uso dos verbos abundantes com os verbos auxiliares se aplica aos verbos "Gastar" (gasto e gastado), "Ganhar" (ganho e ganhado), "Pagar" (pago e pagado) e "Pegar" (pego e pegado).
Exemplo:
"Isso foi ganho, gasto, pago e pego."

2 - Atualmente as formas regulares são pouco usadas no Brasil e muitos estudiosos de nossa língua já aceitam as formas irregulares até mesmo junto aos verbos "Ter" e "Haver".
Exemplos:
"Ela tinha ganho o prêmio."
"João havia pego o ônibus naquele minuto."

3 - Os verbos "Trazer" e "Chegar" não são abundantes: têm apenas um particípio quais sejam "trazido" e "chegado". As formas "trago" e "chego" não são corretas.


Retirado de "O Português do Dia a Dia", do professor Sergio Nogueira.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Uso de verbos com dois particípios - verbos abundantes


Conforme esclarecemos neste post, há verbos que possuem dois particípios. Eles são chamados de "verbos abundantes", e seu uso deve ser feito com cuidado.

1 - Com os verbos auxiliares "Ter" ou "Haver", deve-se usar a chamada forma regular de particípio, ou seja, com terminação em "-ado" ou "-ido".
Exemplos:
"Eu devia ter entregado este livro." (e não "Eu devia ter entregue este livro.")
"O juiz havia suspendido a sessão." (e não "O juiz havia suspenso a sessão.")

2 - Com os verbos auxiliares "Ser" ou "Estar", deve-se usar a forma irregular.
Exemplos:
"Luis foi salvo pelo guarda costas."
"O pintor estava imerso em tinta."

(continua...)

Retirado de "O Português do Dia a Dia", do professor Sergio Nogueira.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Questão sobre a partícula "SE"

É sempre bom exercitar as questões mais difíceis. Vamos a uma delas?

Prova do Tribunal de Justiça da Bahia

. Em uma das frases que seguem, o "SE" é partícula integrante do verbo. Marque-a:
a) A mulher queixava-se do silêncio do amante.
b) Cristiane fez-se muito séria.
c) Lino pôs-se de cócoras, de costa para casa.
d) Marco Luis olhou-se no espelho.
e) Come-se feijoada às sextas-feiras.

Gabarito: letra "A"

Nota: para responder a esta questão corretamente estude previamente nosso post sobre a partícula "SE".