segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Verbos - Iniciação: transitivos e intransitivos


Os verbos transitivos são aqules que exprimem ação e cujo sentido só se completa quando lhes acrescentamos um objeto (uma palavra ou palavras que lhes completam o sentido). Podem ser transitivos diretos ou transitivos indiretos,dependendo se o objeto é e ou não precedido de uma preposição, e daí o classificamos como objeto direto ou objeto indireto.
O verbo transitivo direto é conhecido através da "pergunta" que lhe fazemos, ou seja "quê? ou quem?.
Exemplos:
"Henrique consertou" - perguntamos, "consertou o quê?" e a resposta virá na forma de objeto direto: "Henrique consertou a janela".
"Ele abraçou" - perguntamos, "abraçou quem?" e a resposta virá na forma de objeto direto: "Ele abraçou seu pai".

O procedimento no caso dos verbos transitivos indiretos é praticamente igual, a não ser que, na resposta, obtemos um objeto indireto, ou seja, uma palavra - ou palavras - precedidas de uma preposição.
Exemplos:
"Jonas precisa" - perguntamos, "precisa de quê?" e a resposta virá: "Jonas precisa de dinheiro".
"Maria respondeu" - perguntamos, "respondeu a quê - ou, a quem?" e a resposta virá na forma de objeto indireto: "Maria respondeu ao chamado".

Existem verbos que são transitivos diretos e indiretos, também chamados de biobjetivos, ou seja, têm objeto direto e indireto a lhes complementar.
Exemplo:
"Marcos deu" - e aí a pergunta será, "deu o quê a quem?", ao que haverá a resposta: "Marcos deu o livro (objeto direto) a João (objeto direto)".

Aos verbos que nada pedem como complemento denominamos intransitivos.
Exemplos:
"As rosas murcharam."
"Cheguei em Paris."

Extraído de Otelo Reis em "Breviário da Conjugação de Verbos" - Francisco Alves Editora.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Verbos - Iniciação: regulares, irregulares, anômalos e auxiliares


Os verbos regulares são os que se conformam na conjugação com seus modelos ou paradigmas - veja o que isso significa neste post. já os irregulares se afastam de seu paradigma. As irregularidades podem ocorrer no radical como no verbo "subir" (radical "subi"):


Indicativo
PresentePretérito Perfeito
Eu suboEu subi


Ou na desinência como no verbo "ver":


Indicativo
PresentePretérito Perfeito
Eu vejoEu vi


Ou em ambos como no verbo "trazer":


Indicativo
PresentePretérito Perfeito
Eu tragoEu trazia


Os verbos que apresentam grandes irregularidades, principalmente graves alterações no radical, chamamos de anômalos, como por exemplo o verbo "ir":


Presente do Indicativo do verbo "Ir":
Eu vou
Tu vais
Ele vai
Nós vamos
Vós ides
Eles vão


Já os verbos auxiliares são aqueles utilizados para conjugar outros verbos. Eles podem ser auxiliares temporais ou auxiliares modais. Os primeiros - temporais - são os verbos "ter" e "haver" e formam os tempos compostos:
"Que eu tenha chegado" e "Se eu houvesse partido".

Os antigos escritores usavam o verbo "ser" como auxiliar temporal, formando frases como:
"Melhor lhe fora a tal homem nunca ser nascido" - o equivalente hoje a "ter nascido".

Já como auxiliares modais podem ser usados os verbos "ser", "estar, "parecer", "ficar", "começar, "pôr-se", entre outros. Estes verbos formam a voz passiva dos demais verbos, como por exemplo:
"Estávamos estudando" e "Pôs-se a cantar".


Extraído de Otelo Reis em "Breviário da Conjugação de Verbos" - Francisco Alves Editora.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Acordo Ortográfico em quadrinhos - Quando a reforma entra em vigor pra valer?

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Tirinha de Orlandeli

Na realidade, a Reforma Ortográfica de 2009 já está em vigor. É previsto no cronograma do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), um período de transição que estamos vivendo agora, entre 2009 e 2012. Por este cronograma, o MEC (Ministério da Educação) estipulou que os livros didáticos do ensino fundamental devam ser adaptados neste período. Já no caso do ensino médio a medida teve início a partir deste ano de 2012. Com isso, os estudantes estão convivendo com a dupla ortografia até o fim de 2012. Mas, a partir de janeiro de 2013, serão corretas apenas as novas grafias.


Neste período, a tolerância também será estendida para vestibulares e concursos públicos, cujas provas deverão aceitar como corretas as duas normas ortográficas. O que não pode haver em nenhuma hipótese, no caso destas provas, é o uso misturado das regras antigas com as novas. Ou o candidato utiliza apenas as antigas normas, ou utiliza apenas as novas. Melhor se adaptar logo às novas regras, já que este é o último ano previsto para a adaptação.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Verbos - Iniciação: Conjugações

 São três as conjugações em língua portuguesa, de acordo com a vogal temática: a primeira envolve todos os verbos cuja vogal temática é o A, a segunda todos os verbos cuja vogal temática é E, e a terceira todos os verbos cuja vogal temática é I. Também é possível classificá-los pela terminação do Infinitivo Pessoal: -AR, -ER ou -IR.

Existem mais de 10 mil verbos na primeira conjugação, dos quais cerca de 6 mil de uso frequente. O verbo modelo (ou "paradigma") para a conjugação destes verbos é o verbo "Louvar". Na segunda conjugação existem cerca de 500 verbos e seu modelo é o verbo "Vender". Na terceira conjugação são cerca de 450 verbos e seu modelo é o "Aplaudir".

O verbo "Pôr" é um verbo especial e pertence à segunda conjugação, pois antigamente nos referíamos a ele como "Poer". Este verbo serve de modelo a 27 verbos compostos a partir dele.

Extraído de Otelo Reis em "Breviário da Conjugação de Verbos" - Francisco Alves Editora.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Dúvidas de ortografia


Quem nunca vacilou entre um esse e um cedilha que atire a primeira pedra! Claro que a facilidade de consulta a um dicionário (leia aqui nosso post a respeito), aumentou muito com o uso dos microcomputadores. Mas, na hora de uma redação à mão, para uma prova ou concurso? O que fazer? O jeito é estudar...
Segue uma pequena lista de muitas palavras que observamos escritas incorretamente nos últimos tempos

Abalizado e não abalisado
Babaçu e não babassu
Berinjela e não beringela
Concessão e não conceção
Empecilho e não Impecilho
Exceção e não eseção ou exessão
Hesitar e não hexitar ou exitar
Úmido e não húmido

Novas palavras:

Atrás e não atráz
Descansar e não descançar
Flecha e não flexa
Hortênsia e não hortencia (a menos que você se refira à jogadora de basquete)
Laje e não lage
Lisonjeada e não lisongeada
Pretensioso e não pretencioso
Úmido e não húmido



Nota importante: muitos estão confundindo a grafia do o verbo "existir", flexionado na 3ª pessoa do singular do presente do Indicativo ("existe"), com a grafia do verbo "hesitar" na 3ª pessoa do singular do Imperativo Negativo ("hesite"). As frases que temos visto são assim: "Não exite em protestar." Esta grafia não existe! O verbo hesitar tem H inicial e S na segunda sílaba.

Atualizado em 16/01/2012

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Nova turmas!


Estamos focando na Fundação Carlos Chagas - FCC - com turmas com teoria e prática. Também no caso de Direito Constitucional e Processo Civil há exercícios e teoria. Todas as turmas com nosso padrão de até 10 alunos.

Entre em contato para saber mais!

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Verbos - Iniciação: Tema ou Radical e Vogal Temática. Formas Rizotônicas e Arrizotônicas


Quando se suprime a letra "R" do infinitivo pessoal de qualquer verbo resta o Tema ou Radical do mesmo. Ou seja: é a própria raiz do verbo acrescentada de uma vogal. Esta vogal é chamada de Vogal Temática do verbo. Em geral as vogais temáticas em português são as letras "A", o "E" ou o "I".
Exemplos:
"Trabalhar" - Tema ou Radical: Trabalha - Vogal Temática - A
"Resolver" - Tema ou Radical: Resolve - Vogal Temática - E
Cumprir" - Tema ou Radical: Cumpri - Vogal Temática - I

Em determinados verbos o acento tônico cai sobre sua raiz. Em outros, é na terminação ou na vogal temática. No primeiro caso temos as formas chamadas Rizotônicas. Exemplos: amo, viram, coube, manda.
No segundo caso temos a forma Arrizotônica. Exemplos: amou, amaram, verão, mandado.



Extraído de Otelo Reis em "Breviário da Conjugação de Verbos" - Francisco Alves Editora.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Concordância do verbo "Haver"

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 Tirinha de Orlandeli
 
Um dos pontos de gramática que mais causam dúvida nos alunos de língua portuguesa está a concordância do verbo "Haver" em algumas situações. Vejamos:

1 - Quando tem sentido de "existir" e "ocorrer", é impessoal , não tem sujeito e por isso não sai do singular.
Exemplos:
"Há dez meses não o vejo."
"Havia quinze meses que não chovia na cidade."

2 - "Há quinze anos atrás" - a expressão é pleonástica e deve ser evitada. Use: "Há quinze anos" ou "Quinze anos atrás".

3 - "" x "A" - se emprega a preposição "A" e não o verbo "Haver" quando se indica distanciamento/tempo futuro. Exemplo:
"O filme estreia daqui a dois meses."

4 - "Haviam", "houveram" e "haverão" - são formas corretas quando o verbo "Haver" não seja sinônimo de "existir" ou "ocorrer". Exemplos:
"Eles haverão de conseguir uma vitória."
"Os alunos se houveram muito bem nos testes."

Extraído de "O Português do Dia a Dia" de Sérgio Nogueira da Silva. 

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Verbos - iniciação: raiz, terminação e desinência


Bem vindos ao nosso blog no novo ano que se inicia. Desejamos sucesso a todos que se preparam para provas e concursos.

Iniciamos o mês com uma nova série de posts que se propõe a explicar alguns aspectos primários dos verbos na língua portuguesa. Aqui trataremos da raiz, da terminação e das desinências dos verbos.

  • Raiz - todo verbo se compõe de duas partes: raiz e terminação. A raiz verbal é a parte principal, que geralmente não varia. Para conhecê-la, basta separar-lhe a última sílaba do infinito impessoal, a qual é sempre "ar", "er" e"ir". Assim, no verbo "trabalhar" a raiz é "trabalh-", no verbo "vencer" é "venc-", e no verbo "fugir" é "fug-". Muitas vezes porém essa raiz se alterna na formação das diversas pessoas e tempos.

  • Terminações verbais - são compostas por uma, duas ou três sílabas. Algumas vezes se reduzem a uma única vogal, em outras, a um ditongo.

  • Desinências verbais - são o elemento mórfico da palavra com a qual se indicam suas flexões. Se dividem em temporais e pessoais, sendo a mais comum a desinência temporal "R" no infinitivo impessoal de vários verbos.

Extraído de Otelo Reis em "Breviário da Conjugação de Verbos" - Francisco Alves Editora.