quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Redação Comercial: um resumo

Vimos nos posts anteriores alguns elementos que um bom texto comercial deve ter:
Clareza - de modo que quem lê a mensagem entenda o que se deseja comunicar;
Organização - "contar uma história" com início, meio e fim;
Concisão e Unidade - não se envolver outros assuntos ou desenvolver desnecessariamente tópicos da mensagem;
Coerência - não se contradizer.

É claro que este pequeno guia também pode e deve ser utilizado para redações de qualquer tipo, sejam elas técnicas, descritivas, informativas, etc., mas no caso da redação comercial é de suma importância que quem a utilize conheça estes passos com precisão, lendo e relendo seu texto de forma crítica para, sempre, melhorá-lo. Além disso, o conhecimento perfeito da gramática e ortografia de nossa língua são, também, fundamentais. Se você necessita aprimorar sua redação para desenvolver bem seu trabalho, o melhor é praticar: nosso curso oferece o acompanhamento e desenvolvimento de habilidades para quem precisa usar bem...

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Redação comercial: coerência

É incrível constatar mas uma das coisas que mais tem faltado em comunicados feitos por organizações e empresas é a coerência. A coerência é o simples fato de, ao escrever uma redação, não se contradizer. Em um exemplo breve seria algo como começar um texto declarando que "a partir deste fim de semana nossas lojas funcionarão aos domingos" e no fim do mesmo escrever que "não funcionamos aos domingos". Parece incrível de acontecer, mas acontece.

Muito pior que algo que fica claro desta forma - que confunde mas é logo notado por quem lê o comunicado - são as análises por vezes necessárias dentro de um texto. Quem escreve deve ter o cuidado de rever o que escreve sempre, num exercício contínuo de crítica para verificar se o que está expondo faz sentido. Muitas vezes, num texto onde uma empresa é interpelada por um acontecimento que a envolva, quem se dedica a redigir um comunicado esclarecedor se contradiz. Algo como "acreditamos nas relações transparentes com nossos clientes" pode ser desacreditado ao se encontrar uma frase ou um período no mesmo texto que diga que "este é um assunto que só diz respeito a esta empresa". E muitos e muitos exemplos são facilmente encontrados em diversas situações. O melhor a fazer para evitar a falta de coerência é, portanto, ler e reler o texto de forma crítica, e com muita atenção.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Redação comercial: unidade e concisão

Ao redigir um comunicado deve-se ter o cuidado de não envolver assuntos paralelos ou correlatos no texto, de modo a não prejudicar o entendimento de quem vai receber a mensagem. Retomando do post anterior, quando criamos o exemplo da empresa que precisa mudar seus horários por que houve um problema de segurança, ao comunicar tal fato é dispensável contar em detalhes qual o problema que houve, tanto quanto tecer considerações sobre o assunto "segurança", de um modo geral, bem como desenvolver quais as possíveis implicações dos novos horários. Principalmente no caso da redação comercial, a concisão é fundamental. Não se está escrevendo uma história, nem mesmo analisando fatos e consequências: a comunicação breve se faz necessária e eficiente.

A falta de concisão ocorre justamente no momento em que quem está redigindo o comunicado imagina que, agregando outras informações que não têm a ver diretamente com a causa ou com a consequência - que são os motivos centrais do comunicado - vai evitar futuras críticas, dúvidas ou reclamações. Qualquer reação que ocorra ao comunicado poderá vir de forma escrita ou em contato entre as pessoas, e será resolvido de acordo com os trâmites normais de uma empresa.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Redação comercial: você sabe contar uma história?

Muitas vezes quem precisa redigir uma comunicação escrita não sabe como começar. E esta é uma parte fácil: comece do princípio. Se você souber explicar para si mesmo o que precisa escrever, mais de metade do caminho já está feito. Por exemplo: digamos que houve uma mudança em horários em sua empresa devido a um problema de segurança. O que aconteceu primeiro? A mudança nos horários ou o problema de segurança? Logicamente foi o segundo fato e com isto você já pode escolhê-lo como sendo o início de sua comunicação. Seria algo coomo "houve um problema na segurança e os horários de trabalho foram modificados". Este é um exemplo simplório mas muitos não se dão conta de que quando falamos que a comunicação deve ter "início, meio e fim", significa que haverá um centro na sua composição que corresponderá ao início, outra que corresponderá ao meio e outra que corresponderá ao fim. Este "centro", pode ser uma palavra, uma frase ou até um parágrafo inteiro mas, certamente, ele será facilmente encontrado.

Organizar uma composição nada mais é que isto: contar uma história com início, meio e fim. Começar do meio ou do fim, ou não deixar claro um ponto de partida (o início), certamente o levará a se perder no meio da redação e pode acontecer aquilo que, volta e meia, verificamos em um texto: que ele está "sem pé nem cabeça".

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Redação Comercial: foco - objetividade - clareza

Na maioria das vezes a redação comercial é identificada como sendo a composição de cartas comerciais que normalmente envolvem os comunicados entre empresas. Estas cartas possuem um determinado formato e algumas dicas para sua composição que podem ser vistas, por exemplo, aqui.

Mas, nesta pequena série, estamos pensando de forma um pouco mais ampla: queremos focar a comunicação escrita que todos os que trabalham vez por outra devem fazer a seus subordinados, chefes, colaterais, clientes e fornecedores. O formato destas comunicações nem sempre é a carta comercial e, não necessariamente, devem ter como base a formalidade e/ou a impessoalidade. É possível se comunicar de forma elegante e informal sem esbarrar na distância educada entre uma corporação e seu Cliente e sem cometer excessos que possam ser encarados como falta de seriedade.

Um dos princípios da boa comunicação escrita é a clareza. Entenda clareza como sinônimo de objetividade: o que você quer comunicar? O que precisa ser do conhecimento de todos ou, pelo menos, das pessoas a quem se destina o comunicado? Não se perca tentando elaborar uma forma "mais bonita" de dizer algo. Estabelecer o que deve ser dito é um ótimo primeiro passo. A forma como vai ser dita pode ser variada. Mas manter a objetividade já facilita por demais a composição da peça a ser escrita.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

O que está acontecendo com a redação comercial?


Todos sabem da importância de possuir uma boa redação. Seja um candidato a uma vaga em um vestibular ou em um concurso público, a redação é quesito de suma importância para quem deseja ser aprovado. Mas, falando específicamente sobre redação comercial, o que temos observado em diversos comunicados, cartas, memorandos, sites e blogs de empresas, e até mesmo em press-releases que, a princípio, são redigidos por profissionais de comunicação - que são treinados para bem escrever - é um extremo desconhecimento da língua e até mesmo um desleixo exagerado na composição de uma peça escrita. De pequenos erros ortográficos a grandes problemas de concordância nominal e verbal, observamos também que falta estabelecer o contexto, a razão, o objetivo destes comunicados, entre outras coisas. Falta enfim a conhecida "tríade" de "início, meio e fim" de que qualquer texto necessita, e que é exigida por qualquer professor de língua portuguesa desde que se entra na escola. O que anda acontecendo com o que se aprende nos bancos escolares, principalmente quando de fala em português? Será que o intenso e extenso "bombardeio de informação" que estamos sofrendo por parte das diversas mídias a que hoje em dia temos acesso vêm nos tirando a capacidade de acessar nosso conhecimento acumulado desde há muito? Aos poucos, vamos tratando deste assunto por aqui.